Com o avanço social os alunos diagnosticados como autistas passaram a circular pelo universo escolar formal. Um trabalho novo, um a um, precisa ser então inventado e conduzido em torno do que não se conhece. Neste projeto pretendemos ouvir, através da conversação, em grupo, as demandas das equipes de educação infantil da rede pública municipal de Petrópolis, em até seis encontros, sobre os impasses, as construções, o cotidiano, a angústia ligada à falta de saber, enfim, sobre suas experiências com esta inclusão, visando definir o mais possível o trabalho de construção que se apresenta em torno destas experiências. Após a oferta realizada pela coordenadora, em visita às escolas, voltaremos para as conversações a partir de demanda das equipes. Esses encontros serão concomitantes à realização de três palestras dirigidas à comunidade em geral e às equipes em questão sobre o autismo e a inclusão. Partimos da expectativa de que trabalhar na sustentação da subjetividade dentro da escola é um campo de abertura ao analista, na psicanálise aplicada à educação. O projeto pretende circunscrever as relações estabelecidas, situar a conversação como método de atuação na psicanálise aplicada e fomentar a construção de saberes particulares. Entendemos que esta inclusão pode proporcionar à comunidade escolar, de modo geral, experiências de construção de relações imprevistas e absolutamente diferentes das habituais com as quais a escola lida. Pode também proporcionar aos alunos, indireta e diretamente, experiências subjetivantes e constituintes de sua relação com o mundo.
Educadores das unidades de educação infantil onde ocorrerão as conversações , incluindo equipe de direção e equipe de serviços gerais, além dos educadores e professores Interessados em geral (universitários e afins) nas conferências a serem realizadas