Coordenador : Érika Cecília Soares Oliveira
Ano: 2024
Edital: Edital Bolsa de Extensão 2024
Protocolo: 401604.2258.356105.15022024
Departamento/Setor: SFP
Área Temática : Direitos Humanos e Justiça
Tipo: Projeto
Publico Alvo : O projeto se voltará para estudantes de todos os cursos da UFF (graduação e pós-graduação), técnicas/os administrativas/os e comunidade externa, sobretudo estudantes de graduação e pós graduação de outras instituições de ensino. Os convites e divulgação também se estenderá para escolas públicas de ensino médio.
Local de atuação: Os encontros acontecerão virtualmente pelo google meet.
Objetivo
Adentrar no universo da literatura autobiográfica a fim de analisar como estruturas políticas são indissociáveis de processos de produção de subjetividades. Conhecer políticas de escritas que partem da memória para a compreensão da realidade social. Entender como marcadores sociais das diferenças são estruturas políticas responsáveis por operar desigualdades em diferentes contextos sociais. Compreender a importância da interdisciplinaridade para a formação profissional. Formar leitoras/es críticas/os e reflexivos.
Resumo
O projeto de extensão Lendo: autobiografias como guerrilhas poéticas nasce a partir de debates feitos em torno da articulação entre políticas de escritas, memórias e femininos subalternos. Estes debates têm reconhecido o papel do trabalho de memória feito por poetas, ativistas, escritoras, atrizes, pensadoras e artistas de modo geral e a produção de uma escrita situada, na qual vida e conhecimento estão misturados. Essa política de escrita contribui com a possibilidade de produção de ferramentas desestabilizadoras do cisheteropatriarcado colonial e também de comunhão entre corpos dissidentes, como o de mulheres (bio e trans) e demais multidões. Nosso propósito é levar para grupos de estudantes, técnicas/os administrativas/os e comunidade externa livros de literatura e poesia para compartilhar essas narrativas a fim de produzir sensibilidades poético-políticas. Tal como a escritora Anne Ernaux (2023) reflete em A escrita como faca e outros ensaios, escrever é criar a possiblidade de desvelar a realidade histórica e social, analisar situações vividas e compreender processos de subjetivação. Neste sentido, este projeto pretende realizar uma curadoria de livros que contemplem o debate sobre estruturas políticas como gênero, sexualidades e raça a fim de que as/os participantes tenham condições de ampliar seus repertórios a respeito dessas estruturas com vistas à produzir uma sociedade mais comprometida com a justiça social e cognitiva.