(Trans)bordando vidas: recuperando experiências e histórias através da arte e de tradições perdidas. (Cópia) 14-07-2020 (Cópia) 11-04-2023
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Coordenador :
Maria Onete Lopes Ferreira
Ano:
2024
Edital:
Edital Bolsa de Extensão 2024
Protocolo:
393674.2258.86121.20022024
Departamento/Setor:
DED
Área Temática :
Cultura
Tipo:
Projeto
Publico Alvo :
Grupos comunitários, discentes da universidade e público em geral
Local de atuação:
Tenda do IEAR e Praça Village
Objetivo
Espera-se, antes de tudo alcançar a valorização da cultura tradicional local e do grupo, a partir de uma leitura crítica compartilhada da existência humana e também acompanhada de relatos; Conscientização da importância das experiências de vida no âmbito do ser humano universal, por meio de trocas e de vivências sensíveis e sentidas nos encontros semanais; Aumento da autoestima e voz ativa, criando uma experiência que tenha por desdobramento a conscientização social e artística dos participantes; Estimular o processo criativo e o fazer a partir do rememorar como elemento motriz da elaboração de obras singulares; Horizontalidade e troca de conhecimentos para a criação dos trabalhos; No decorrer do processo, almeja-se que as pessoas se familiarizem com o fazer arte, numa prática criativa e singular, interagindo com materiais e técnicas artísticas diversas, por meio da reflexão individual e coletiva; Espera-se que possam rememorar e recriar eventos por meio da imagem e do discurso, a fim de produzirem uma obra original a partir da identidade pessoal e coletiva. Tais registros serão retrato do local de pertença de uma comunidade; Proporcionar aos participantes experiências artístico/literárias, além de apontar a importância de suas vidas na comunidade em que vivem, promovendo uma relação mais valorativa entre os as pessoas.
Resumo
A ideia de realizar esse projeto teve como motivação a realidade social contemporânea. O momento político que atravessamos vem causando transtornos inéditos nas pessoas devido as dificuldades de enfrentamento da crise político-econômico-social que o capitalismo ora produz. Observamos ao nosso redor e transparece nas nossas conversas uma instabilidade emocional inédita na vida das pessoas em geral. Trata-se de sintomas desse tempo de deseperança, de ausência de sonhos e desilusões políticas. Compreendemos que é papel da universidade agir diante dessa problemática visando suavizar a realidade para que a vida readquira sentidos. Precisamos com urgência refletir sobre os motivos que afastaram a sociedade de tradições e saberes que, desvinculados da ideia de riqueza e de lucros, ofereciam sentidos e prazeres humanizantes. Nesse sentido, repesar o projeto social em desenvolvimento e recuperar práticas artísticas esquecidas e desvalorizadas se coloca como possibilidade de redescoberta da sabedoria da vida simples. Compreendemos que a arte, porque potência criadora humana, deve nos valer nesse contexto de aridez política para o reencontro de sentimentos e afetos necessários na repactuação da sociabilidade. É por essa razão que achamos conveniente e necessário insistir num projeto que una as pessoas em torno de uma ação que traga para a cena de execução a vida cotidiana dos envolvidos. Portanto, bordar, cantar, compor e tecer histórias num ambiente especialmente progamado para encontros de trocas de saberes e de aprendizagens será também uma forma de proporcionar terapias destinadas à superação de angústias e tristezas inerentes a um tempo sombrio como o que atravessamos.